Nascido em Hortolândia, Clóvis Rampazzo, o Capitão Rampazzo chegou em Mato Grosso do Sul em 1968. Começou a trabalhar com natação no Clube União dos Sargentos quando o filho mais velho começou a competir aos 10 anos, a partir de 1984.. Por 8 anos presidiu a Federação dos Desportos Aquáticos de Mato Grosso do Sul (FEDAMS) em uma época de pouca divulgação do esporte, quando o Mato Grosso ainda era uno.
Capitão Rampazzo fez historia. Ajudou a organizar competições como o Torneio Centro- Oeste na piscina da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e no Tênis Clube.
Ajudou na formação de um seleto grupo de atletas, hoje técnicos, professores e entusiastas do esporte. Nomes como José Gehilson da Silva (técnico do Rádio Clube); Marcella César Gomes Marcellino (medalhista no Campeonato Brasileiro); Luis Cristaldo (medalha de prata no Campeonato Brasileiro); Durval Barbosa (técnico do Rádio Clube) e Luiz Naime (diretor de esporte do Rádio Clube) conheceram de perto o trabalho do Capitão. Com a seleção de natação de MS foi até as regiões de Goiânia (GO) , Brasília (DF) e Cuiabá (MT). No posto de diretor do Clube União dos Sargentos levou a equipe para Curitiba e Maringá (PR) por duas vezes e para Cuiabá.
“Competição é um esporte muito duro. O atleta tem que ficar vendo fundo de piscina todo dia. É um treinamento puxado, não é pra todo mundo. O que animava eles pra treinar era a competição então a gente tinha que viajar. Quase todo mês a gente fazia uma viagem” , disse. Quando não ia para outros estados sempre marcava presença em cidades do interior de MS como Corumbá e Dourados.
“Pra conseguir ônibus pra essas viagens era uma luta, meu Deus do céu. Teve dia que eu consegui o ônibus na véspera da viagem. A gente ia pra Brasília E conseguimos na véspera”, relembra o Capitão.
No intervalo de tantas competições, conheceu pessoalmente o ícone da natação feminina no Brasil, Maria Lenk. “Ela nadava todos os dias. Ela chegava na piscina, antes da competição ela ia lá, nadava tal, ai trocava de roupa e vinha. Simples de tudo ela”.
Já naquele período, tirar dinheiro do próprio bolso era normal. Em retorno de viagem de Goiânia, foram parados em uma barreira do posto da Polícia Rodoviária Federal e tiveram de almoçar na estrada, mas e o dinheiro? “Não tinha dinheiro para bancar o almoço das crianças. Tive que dar um cheque. Depois fui cobrir. Dificuldades têm sempre só não tem dificuldade quem não trabalha, quem trabalha vai encontrar dificuldades e desafios”, declara.
Para conseguir recursos fazia carreteiro, baile e churrasco. Ajudou na criação da Associação de Pais e Amigos do Clube União dos Sargentos e trabalhava nos eventos esportivos. “Ás vezes eu era anunciador, trabalhava como cronometrista, me envolvia”, diz com um sorriso persistente.
Pai de 5 filhos, sendo 4 deles nadadores, Capitão Rampazzo, hoje tem 75 anos, 8 dedicados à natação. E havia motivação: “O que me cativava e valia a minha dedicação é o fato de que quem pratica natação não tem vício. Não dá pra conciliar cigarro, bebida com natação. Então a gente sabia que tava formando uma geração sadia”.
Pela própria saúde, pratica natação há 3 anos, pelo menos 3 vezes na semana.
Os frutos de Clóvis Rampazzo permanecem florescendo na natação. O filho, Alexandre, está inscrito no Torneio Centro-Oeste de Clubes Infantil a Sênior, com início nessa quinta-feira, no Rádio Clube. Marcella César Gomes Marcellino também irá participar da competição.
Pelos anos de dedicação à natação sul-mato-grossense, Capitão Rampazzo é o homenageado na solenidade de abertura do evento.
Nadei na época onde o capitão Rampazzo atuou na natação. Foram 7anos da minha vida inesquecíveis. Homenagem mais que merecida! Um exemplo a ser seguido por todos que amam a natação como ele!
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Parabéns Capitão!! A sua dedicação e o amor pela Natação e pela formação de uma geração sadia, que você plantou está aí vivíssima neste Torneio do Centro Oete de 2019 na piscina do Rádio Clube. Com filhos , professores, técnicos, alunos todos campeões, e em pleno vigor.
O nosso muito obrigado.
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